sexta-feira, 2 de julho de 2010

Entrevista com Rafael Lima, criador de Aura de Asiris


 Depois de quase um mes prometendo, finalmente postei mais uma entrevista no blog, esta entrevista em particular, é a primeira do novo blog. Agora vamos ao que realmente interessa!



Rafael Lima tem 24 anos, é carioca, webdesign e formado em Publicidade e Propaganda pela PUC-Rio, é quem apresenta Aura de Asíris – A Batalha de Kayabashi, um épico de tirar o fôlego e repleto de referências famosas como Final Fantasy, Star Wars e Dragon Ball Z.
Embarque nesta história alucinante e veja um novo e instigante mundo surgir diante dos seus olhos. Um mundo repleto de fantasia, mistérios e muito mais. Um mundo que você jamais irá esquecer

SINOPSE



Há séculos, banshees e furous guerreiam ao norte de Asíris, mundo governado por uma avançada tecnologia e permeado por uma energia chamada Aura. Apesar dos banshees terem vencido a maior parte das batalhas, algo está para mudar.
Uma antiga lenda, que prevê o nivelamento de forças entre as duas raças e, consequentemente, o fim desta que é conhecida como a Grande Guerra, aparenta ser verdadeira quando os furous inexplicavelmente se tornam mais poderosos e capazes de derrotar seus inimigos pela primeira vez na história.
A partir daí, uma batalha sem precedentes eclode em uma região conhecida como Deserto de Kayabashi. Neste cenário de tensão e expectativa surge Yin Ashvick, um menino de doze anos que pode ser a única esperança de todos. Ele terá que enfrentar uma longa e perigosa jornada, a qual colocará à prova sua coragem, altruísmo e determinação.
Para isso, terá a ajuda de seu mestre, Hanai Ashvick, o general do exército banshee, Irwind Heatbolth e outros personagens bastante carismáticos. Cada um terá que encarar seus piores temores para descobrir a verdade por trás da onda de terror que assola sua terra e pôr fim na grande ameaça que se aproxima.


Entrevista – Rafael Lima




- Por que decidiu publicar o livro de forma independente? Valeu a pena?
RL: Decidi publicar dessa forma simplesmente porque não tive outra opção. Após enviar o original de “Aura de Asíris– A Batalha de Kayabashi” para cerca de quinze editoras, não obtive um retorno positivo e parti para o esquema “pague e publique”. Hoje, os motivos pelos quais não ter conseguido na época – dois ou três anos atrás – estão muito claros para mim. Meu networking com pessoas do mercado editorial era nulo, assim como meu currículo. Além disso, minha obra apresentava muitas falhas, como ausência de revisão e copydesk.
Não me arrependo da minha escolha. Acho que assinei um bom contrato, onde a relação custo/benefício foi ótima. Os livros estão vendendo bem. Acredito que o “pague e publique” é só uma maneira de se iniciar uma carreira literária, nem melhor ou pior do que a forma tradicional. Sinceramente, não vejo muito sentido nas críticas que esse modo de publicar recebe. Muitas pessoas não estagiam de graça? Não investem pesado para iniciar um negócio? Não pagam pequenas fortunas para realizarem uma viagem internacional? É a mesma coisa. Fazem isso pensando em um bom futuro profissional e/ou na realização de um sonho. Nada mais.

- Quanto tempo levou desde a ideia de escrever o livro, até enviar os manuscritos/PDF para a editora?
RL: Comecei a escrever o primeiro “Aura” aos dezessete e terminei aos vinte e um. A partir daí, quase um ano se passou até que eu resolvesse fechar com a editora Isis.

- Como conseguiu conciliar vida profissional e pessoal e ter tempo para escrever um livro com mais de 400 páginas?
RL: Eu levei quatro anos, mais ou menos, para terminar o primeiro volume justamente por causa da faculdade e dos estágios. Entre uma ocupação e outra, escrevia um pouco. Quando me formei – em Publicidade e Propaganda –, já tinha colocado o ponto final. O número de páginas não é relevante, e sim que você tem uma história na cabeça que precisa ir para o papel. Assim como a paixão que você tem por ela, a mola-mestra que faz com que você vá até o final.


- Quais foram as dificuldades encontradas no processo de publicação? Tem planos para uma outra publicação desta forma?
RL: Minha maior dificuldade foi não ter ideia de como agir quando terminei o livro. Não sabia o que fazer com ele, para onde enviá-lo ou quem procurar. Não tinha nenhum parente ou amigo que pudesse me dar essas informações e tive que procurá-las na internet. Não penso em pagar por uma publicação de um outro romance. Conto, talvez sim.

- O livro, como o próprio book trailer diz, é inspirado em grandes obras. Teve problemas com o processo criativo?
RL: Tive problemas, como todo escritor, de dar acabamento à história. A coluna vertebral dela, os principais personagens, acontecimentos, diálogos, etc., já estavam na minha cabeça quando comecei o primeiro “Aura”. Enquanto o escrevia, ideias surgiram também para a trilogia inteira. Por isso, demorei somente alguns meses parar escrever o segundo volume. É verdade que “Aura de Asíris” é inspirado em obras famosas, e curiosamente nenhum livro está entre elas.


- Hoje com toda a acessibilidade digital, pretende expandir a franquia para outros nichos (web-hg; web-series, web-games/mobile e derivados)?
RL:Já recebi algumas propostas para que o universo de “Aura de Asíris” seja convertido em RPG. É o que dá para pensar por agora. Conseguir fazer um jogo, filme ou série baseado nas obras será algo tão difícil quanto ganhar na loteria. Mas, nunca se sabe.


- Tem previsão para próximas publicações?
RL: Estou com o segundo “Aura” pronto, intitulado “Aura de Asíris – A Queda de Asíris” e terminando uma aventura situada em um Rio de Janeiro pós-apocalíptico chamada “Os Reis do Rio”. Nenhum dos dois livros tem previsão de publicação. Acho que tudo dependerá das vendas do “Batalha de Kayabashi” e no trabalho que eu desenvolver daqui para frente.

- Qual dica você daria para aqueles que pretendem publicar suas obras de forma independente.
RL: Vá em frente. Estude bem as propostas que porventura chegarão e procure saber tudo a respeito da editora que colocará sua suada grana no bolso. Pense se fará um bom negócio. Não ignore etapas cruciais como uma boa revisão, copydesk e o envio para leitores beta. Em caso de optar por uma publicação sob demanda, certifique-se de que o resultado final (sobretudo o projeto gráfico) ficará bom e que o preço de venda não muito alto. E, depois que o livro sair, mova montanhas para que ele se torne conhecido.



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Curiosidade: o nome do orfanato Mao-ter foi uma escolha aleatoria e não uma referencia a " Mother", mãe em ingles.

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