quarta-feira, 28 de abril de 2010

Entrevista com José Roberto Vieira "Zero"



Aos amantes do estilo steampunk e literatura fantastica em breve seremos “agraciados” com uma obra singular, o Baronato de Shoah.
Segue uma pequena entrevista concedida pelo autor José Roberto Vieira que é uma figura conhecida por muitos internautas por causa de seu blog que está ativo desde junho de 2009. Seu talento e criatividade contribuiu para seu crescimento profissional, e na minha opnião ainda vamos ouvir(ou ler) muito sobre ele, que promete ser um dos grandes destaque nas livrarias deste ano.

- Como surgiu a ideia de escrever o livro o Baronato de Shoah?
JRV:O livro foi uma homenagem para minha namorada, que havia me pedido um poema. como não conseguia escrever nada, comecei a rascunhar um conto meio estranho, que não era medieval, mas também não era Steam.

- O visual steampunk fazia parte da ideia original?
JRV:A estética Steampunk foi engraçada, o conto inicial não tinha muito dela, então, de repente, comecei a escrever OUTRO conto, uma espécie de releitura da batalha entre Perseu e a Medusa (agora sim com elementos Steam!). Percebi que os dois se completavam e os juntei, esse foi o primeiro esboço do Baronato.


- Se você pegar seus primeiros rascunhos do Baronato de Shoah e comparar com o resultado final, teria grandes ou pequenas mudanças?
JRV: Nossa, grandes mudanças! o Baronato original era, praticamente, um Dungeons & Dragons com elementos Steam. Mesmo antes de enviar para a editora eu reformulei MUITA coisa nele, criei uma linguagem própria a partir de línguas do nosso mundo (ídiche e alemão) e reformulei passagens inteiras. Há um capítulo de 20 páginas aqui que eu nunca vou publicar.
Motivo: é infantil, umacópia de Senhor dos Anéis, feito às pressas. Quando reli o trecho comecei a rir.
Mas escrever é isso, é amadurecer a cada palavra.


- Chegou em algum momento que o processo criativo “travou”?
JRV: O Baronato simplesmente explodiu na minha cabeça nos primeiros 4 meses. Sério. Escrevi umas 50 páginas do livro sem parar!
Então, para meu desespero, empaquei. Não conseguia pensar em NADA para continuá-lo. Tudo era feio ou errado, tolo, infantil.
Como eu não havia revisado nada, recomecei o livro, alterando partes, refazendo personagens. Quando cheguei novamente à parte "travada" consegui avançar.
Toda vez que eu travo numa parte, eu releio o livro, às vezes um detalhe que você deixou passar se torna um gancho perfeito no futuro. outras vezes simplesmente não dá. O melhor a fazer é não forçar, passe para outro projeto e aguarde um pouco.
No fim, o livro virá.


- Tem projetos futuros em mente?
JRV: Agora comecei uma fantasia urbana denominada Éride, um cenário contemporâneo onde os filhos dos deuses combatem entre si pelo domínio da Eternidade. Junto dele comecei a rascunhar a continuação do Baronato, como título provisório de "o emissário do norte".


- De uma sugestão para escritores iniciantes e não publicados.
JRV: Leia mais do que você escreve. A leitura trará conhecimento e técnica, aprenda com outros escritores, seja humilde, aceite as críticas que lhe são feitas, mesmo as que considerar maldosas, releia o que você escreve. Quando parecer perfeito, revise. Nunca estará perfeito.
Mostre para seus amigos e inimigos, aquilo que você escreve deve ser visto e lido, mas saiba que o mundo não vai gostar, que muita gente vai achar ridícula sua "ideia genial". Talvez ela seja ridícula mesmo, talvez não.
E, por último: leia. Leia como se sua vida dependesse disso. Escreva como se sua alma fosse ser consumida.
Quanto mais você praticar, melhor ficará.


Sinopse do livro o Baronato de Shoah
O romance de estréia de José Roberto Vieira é uma fantástica aventura em um mundo sombrio que remete ao Steampunk, videogames, animações e RPG, onde passado, presente e futuro se encontram numa fórmula emocionante.

Sehn Hadjakkis é um Mashiyrra, um Escolhido. Desde seu nascimento ele foi eleito para ser um soldado da Kabalah, a elite do exército e liderar as forças do Quinto Império contra seus inimigos, os Legisladores.
Depois de quatro anos de lutas, mortes, e traições, Sehn finalmente tem a chance de voltar para casa e cumprir uma promessa feita ainda na infância: se casar com seu primeiro e verdadeiro amor, Maya Hawthorn.
Entretanto, a única coisa que o impede é outra promessa, feita no leito de morte a seus pais: vingar-se de Edgar Crow, um amigo que traiu sua família e destruiu seus sonhos, transformando a vida de Sehn num verdadeiro inferno e o mundo em que vive um pesadelo.
Quando um Golpe de Estado ameaça tudo aquilo em que Sehn acredita, ele se vê obrigado a escolher entre uma destas promessas para salvar seu mundo ou a mulher que ama.
Se fizer a escolha errada, ele pode destruir a ambos.

Ou a si mesmo.

O autor
José Roberto Vieira foi uma idéia que quase deu errado. Encrenqueiro quando criança, afeto a péssimas companhias, relaxado, detestava ler. Até que, por acaso, teve contato com RPG e Literatura. Isso salvou sua vida. Sério.
Tem contos publicados no Anno Domini: Manuscritos Medievais (Editora Andross, 2008), e na antologia Pacto de Monstros (Editora Multifoco, 2009). Foi coordenador do blog “Nexus RPG” e criou os RPGs Éride e Taenarum, distribuídos gratuitamente pela internet.
Atualmente trabalha como revisor e ghost- writer e dá os toques finais em sua primeira obra lançada fora do mundo virtual, o Baronato de Shoah, a ser publicada pela Editora Draco.

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